A taça
Sonhemos, amor meu! A terra que nos cala
O beijo nosso é um triste recanto da dor!
Ao som do Urutau, tudo sobre nós resvala e
Perde-se no seu doce canto de clamor...
Por prados, pelas montanhas e pelos vales,
Vagaste para além do lindo horizonte!
Esqueça-te das dores...bem aí, não há males
Em ti! Goza-te da viagem com Caronte...
Amor, deixa-me a ti eu seguir...seguir teus passos...
Que o mar todo se abra e sepulte-me no fundo!
Quero ver-te n'alma a grandeza dos Espaços,
E assim, feliz, dar meu último adeus para o Mundo!
Ó, Mundo vão! Ergo a tua Taça, docemente...
Bebo-a e faço-me Anjo, a Estrela eternamente!
Um brinde a sublime alma q tem o peso da luz da palavra dita em forma de poesia!
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