quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A taça

Sonhemos, amor meu! A terra que nos cala
O beijo nosso é um triste recanto da dor!
Ao som do Urutau, tudo sobre nós resvala e
Perde-se no seu doce canto de clamor...

Por prados, pelas montanhas e pelos vales,
Vagaste para além do lindo horizonte!
Esqueça-te das dores...bem aí, não há males
Em ti! Goza-te da viagem com Caronte...

Amor, deixa-me a ti eu seguir...seguir teus passos...
Que o mar todo se abra e sepulte-me no fundo!
Quero ver-te n'alma a grandeza dos Espaços,
E assim, feliz, dar meu último adeus para o Mundo!

Ó, Mundo vão! Ergo a tua Taça, docemente...
Bebo-a e faço-me Anjo, a Estrela eternamente!

Um comentário:

  1. Um brinde a sublime alma q tem o peso da luz da palavra dita em forma de poesia!

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